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Cultura

Bandas de Música

             Cristiano Otoni já teve duas bandas de música: Sociedade Musical Barão do Rio Branco, fundada em 11/02/1911 e a Corporação Musical Nossa Senhora da Guia, fundada no princípio do ano de 1947. As mesmas sempre abrilhantavam as festividades locais, e no mês de maio as duas participavam cada dia uma. Nas procissões de Semana Santa e outras festas as duas participavam juntas.

            A Sociedade Musical Barão do Rio Branco tinha seu uniforme amarelo cáqui, com camisa branca e gravata preta, e a Corporação Musical Nossa Senhora da Guia tinha seu uniforme com calça azul marinho, túnica branca e quepe azul marinho.

            Logo ganharam os apelidos de João de Barro e Andorinha, respectivamente. O Sr. Antonio Costa era o Maestro e professor da Soc. Mus. Barão do Rio Branco, as aulas eram gratuitas e ele não tinha remuneração. O Sr. Marcelino era o professor da Corp. Mus. Nossa Senhora da Guia, e o Maestro era o Dino. O Sr. Marcelino (professor) era pai da D. Maria Galdina de Oliveira, viúva do Sr. Hélio de Oliveira (Bem do Dionízio).

             Atualmente contamos com a Sociedade Musical Barão do Rio Branco (foto abaixo)

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Foto: Wincler Luiz Magella.

Sociedade Musical Barão do Rio Branco se apresentando no V Encontro de Bandas de Música de Cristiano Otoni, em 16 de junho de 2002.

Sociedade Musical Barão do Rio Branco

                No dia 11 de fevereiro do ano de 1911 foi fundada a Sociedade Musical Barão do Rio Branco. Assumiram como primeiros dirigentes, eleitos em 15 de fevereiro de 1911 e empossados dia 18 do mesmo mês e ano, os senhores:

Presidente -                            Silvério Luiz Gonzaga

Vice-Presidente -                    Leonídio Pereira Dutra

1º Secretário -                        João Gomes de Oliveira

2º Secretário -                        José Lino do Nascimento

1º Tesoureiro -                        Antonio Pedro de Oliveira

2º Tesoureiro -                        Euclides Augusto de Souza

Conselho Fiscal -                    Acácio Alves Nogueira

                                             José Antonio Segundo

                                             Antonio Gonçalves Costa

Comis. de Sindicância -           José dos Santos Ducas

                                             Jesus Garcia Vidal

                                             José Abrahão Caran

Regente -                               Severino dos Reis Páscoa

Subregente -                          Ulisses Gomes de Oliveira

Músicos - Claudionor Nogueira Alves, Luiz Gonzaga, João de Assis Vieira, Jaime Coimbra, Francisco Shifini, Miguel Martins Dias, Carlos Antonio de Amorim, Bebiano José Vieira, José Ducas, Antonio Vieira, Castilho de Carvalho, Antonio Fernandes Costa, Quintino Correia, Euclides de Carvalho, Ulisses Gomes de Oliveira, Adalberto Tavares, Severino de Carvalho, Florentino de Carvalho, Alfredo Costa, José Lino do Nascimento, José Antonio Coimbra, Samuel da Costa Leite, Melclides de Carvalho.

                O Distrito de Christiano Ottoni foi criado pela Lei nº 556, de 30/08/1911, sendo à época parte do então Município de Queluz (atual Conselheiro Lafaiete). Abaixo apresentamos uma foto da instalação do então novo Distrito, onde podemos observar a presença de populares, autoridades e a Sociedade Musical Barão do Rio Branco, fundada em 11/02/1911.

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 A foto abaixo foi feita em meados do final da década de 1920 e início da década de 1930.

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 Temos nesta foto: - em pé, da esquerda para a direita: 1) Bombo: Ozéias Schifini (Dedão); 2) Baixo: não identificado; 3) Sax horn: não identificado; 4) Sax horn: Joaquim (da Sra. Marcida); 5) Sax horn: Antonio Vieira (pai do falecido sr. Décio); 6) Trombone: Ernestino Zille; 7) Trombone: Orlando; 8) Trompa sinfônica: Joaquim Nascimento; 9) Bombardino: não identificado; 10) Baixo: não identificado; 11) Maestro: Higino de Oliveira.

                – Sentados, da esquerda para a direita: 12) Tarol: Walter Teixeira; 13) Pratos: Henrique Damasceno; 14) Trompete: José Zille (Zizinho); 15) Trompete: Antonio Costa (avô do Maestro Dequinha); 16) Presidente: José Lino; 17) Clarinete: Geraldo Magella; 18) Clarinete: Sebastião Araújo (Caramujo); 19) Clarinete: Rubens Barbosa; 20) Clarinete: José Rufino.

               Desde sua fundação apresenta-se em cerimônias e festividades cívicas e religiosas, sendo uma das maiores expressões culturais da comunidade cristianense. Apresenta-se também em outras cidades, abrilhantando festividades locais e participando de encontros de bandas de música.

                Atualmente, a Sociedade Musical Barão do Rio Branco conta com aproximadamente 35 (trinta e cinco) músicos, sob a regência do Maestro Antonio Carlos Costa Vieira (Dequinha), e mantém, em parceria com a Prefeitura, uma escola de música gratuita, com aulas às terças e quintas-feiras, a partir das 15:00 horas. A sede da banda de música (própria) está localizada à Rua Antonio José da Costa, nº 49, Centro. Tem personalidade jurídica própria, além de Regimento Interno e Estatuto devidamente registrado. Declarada de utilidade pública através da Lei nº 15, de 09/11/1977 e tombada como bem imaterial do patrimônio cultural do Município.

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Foto: Oscar Tavares (Caliquinho)

Sociedade Musical Barão do Rio Branco em duas fotos no mesmo local - Praça Santo Antonio - em diferentes épocas: acima, 1969; abaixo, 1995

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Foto: Wincler Luiz Magella

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Foto: Mayron Rafael do Espírito Santo, em 13/01/2011

Sociedade Musical Barão do Rio Branco nos preparativos da comemoração de seu centenário de fundação, em 11/02/2011

1º Congresso Arquidiocesano Mariano

            No dia 15 de agosto de 1954, com a presença do Revmo. Dom Helvécio Gomes de Oliveira e do Dr. Juscelino Kubitschek de Oliveira, então Governador do Estado, Prefeitos, Bispos e demais autoridades, foi realizado o final do 1º Congresso Arquidiocesano Mariano, em Conselheiro Lafaiete, e lá estava a nossa Sociedade Musical Barão do Rio Branco, abrilhantando esta grande festa, juntamente com mais nove corporações musicais. Como sempre, destacou-se a nossa banda, que desfilou do Colégio Pio XII até à Praça da Matriz, executando o dobrado "Quarto Centenário", de Mário Zan, que fazia muito sucesso na época.

           O evento gravado por uma empresa cinematográfica, e o filme exibido nos cinemas locais e em todo o Brasil. Quando foi exibido em Conselheiro Lafaiete, saíram especiais em carrocerias de camionetas para ver o filme. Nos cinemas de Lafaiete aparecia a nossa banda, que se apresentou de terno azul marinho e quepe branco – foi o nosso uniforme neste dia, devido ao estado precário que se achava nosso uniforme tradicional amarelo cáqui.

Banda de Música de São Caetano

               São Caetano do Paraopeba já teve Cartório, os casamentos civis eram feitos pelo escrivão e juiz de paz de lá.

               Além disto, também já teve banda de música; alguns de seus componentes e familiares são pessoas conhecidas, como: Sr. Modesto Cornélio Tavares e seus filhos, João Modesto Tavares, Juvenal Aniceto Tavares e Dorvino Tavares, que também era comerciante em São Caetano, e é o avô do Vander filho do Sr. Joaquim Pintado.

               Dos instrumentos da banda de música de São Caetano, um bombardino foi vendido para a banda de música de Cristiano Otoni; havia uma clarineta feita de chifre. O maestro da banda era o Senhor Juvenal Modesto Tavares, que trabalhou por muitos anos no Hospital Queluz, em Conselheiro Lafaiete, como Enfermeiro.

Colaboração: Lorval Tavares Pacheco (Vavá)

Nosso Carnaval

            Na década de 1930, Cristiano Otoni tinha dois carnavais distintos, sendo que na parte de cima, que compreende o Centro, era o carnaval da elite. Assim, o povo separou: elite e o carnaval dos "morenos"; e cada um queria se apresentar melhor. Os blocos mandavam confeccionar suas fantasias; era um tecido de chitão em estampado muito acentuado, com cores vivas. Assim eles desfilavam um querendo superar o outro. O "Bloco dos Morenos” tinha uma orquestra melhor; o Sr. Orlando era um trombonista de fazer inveja. Quando os blocos se encontravam nas ruas, era urna verdadeira batalha de confete, serpentina e lança-perfume; era uma brincadeira sem mágoas e sem brigas. As moças procuravam vestir-se de ciganas ou colombinas, e os homens de pierrô ou arlequim. Assim era o nosso carnaval.

Carnaval de 1973

            Na década de 1970, os nossos músicos foram saindo da cidade para procurarem emprego, então a banda de música foi fracassando, quase foi extinta; e quando era época de carnaval, juntavam-se os músicos que ainda estavam na cidade com outros de cidades e localidades vizinhas, como Caranaíba, Carandaí, Buarque de Macedo e até mesmo Lafaiete, para fazerem suas tocadas, no carnaval, e também em festas religiosas. Destacamos que os componentes da banda nunca deixaram de se reunir. No carnaval de 1973, reuniram e fizeram a orquestra para abrilhantar os bailes daquele ano. Na foto abaixo, podemos ver a orquestra dirigida pelo Sr. Carlos Roberto Nascimento (Roberto do Sr. Artur): da esquerda para a direita: bateria: Milton Borges; trombone: Geraldino (Caranaíba); trompete: Juvenal (Caranaíba); sax alto: Roberto; trompete: Tadeu; trombone: Dequinha; trombone: Arturinho; clarinete: Vicente (Ritápolis – residia em C. Otoni). Na bateria havia também outros integrantes, que participaram desta orquestra e não aparecem nesta foto: Willian Magella (Pomba); Quizumba e Beiçola. Este carnaval foi um dos melhores da cidade; o salão do cinema era alugado para realizar esta grande festa, época em que recebia muitos visitantes.

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Cinema em Cristiano Otoni

            Na década de 1930 já funcionava um cinema em Cristiano Otoni, de propriedade do Sr. Alberto Zille. Esta casa de diversão era na própria fábrica de calçados que já mencionamos anteriormente. Nos finais de semana, eram arredadas as máquinas da fábrica para dar lugar às cadeiras para os espectadores assistirem o filme; mudo com Charles Chaplin (Carlito), o "Chico Bóia", "o Gordo e o Magro", e outros. O fundo musical era feito pelos nossos músicos, formado pelos senhores: João Zille (clarinete), Heródoto Marcenes (violino), e outros músicos, que completavam a orquestra. O cinema sonoro começou a ser usado e adaptado no fim da década de 1920.

            Em 1946, após a II Guerra Mundial, lançaram no mercado a máquina portátil em 16 mm. Cristiano Otoni foi uma das primeiras cidades a ter as modernas máquinas de projeção em 16 mm e sonora, sendo que os filmes vinham direto de Nova lorque (EUA) para o Rio de Janeiro o depois Cristiano Otoni. O cinema nesta época era de propriedade dos senhores: Pedro Flores, Afonso Rocha Filho (Afonsinho) e o farmacêutico Chaves, e funcionava onde hoje é a Praça José Gomes Pereira. Este cinema tinha o nome de Cine Arizona e funcionou até 1950.

            Em 1954, foi inaugurado o Cine Aparecida, que funcionou até o ano de 1984, no salão pertencente à SSVP – Sociedade São Vicente de Paulo, na Rua Conselheiro Lafaiete. No princípio era Cine Teatro Aparecida, onde tivemos muitas peças de atores de nossa terra e se apresentavam grandes orquestras, como a do Cassino de Sevilha, e cantores, como Wando e outros.

            A programação dos filmes era distribuída em panfletos à população. Abaixo duas programações nos anos de 1963 e 1967:

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Capoeira

                Tradição centenária em nosso país, a Capoeira encontra em Cristiano Otoni um local para seu desenvolvimento, visando a integração de jovens de todas as idades nesta prática que une cultura, esporte e disciplina.

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Em Cristiano Otoni, a Capoeira está presente há vários anos, como podemos verificar na imagem acima. Nas fotos abaixo, imagens recentes que demonstram que a cultura continua com presença marcante em nossa cidade.

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fotos: Márcio José de Rezende

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fotos: Arquivos Grupo de Capoeira

 

Roda de Viola

            Tradição marcante em Cristiano Otoni, a roda de viola tem presença importante no Distrito de São Caetano, onde foram feitas as fotos abaixo, reunindo toda a comunidade, com muita animação e alegria.

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fotos: Márcio José de Rezende

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Informações

De segunda a sexta das 07:00 às 16:00
Telefone:  (31) 3724-1151
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R. Joaquim Ribeiro de Castro, 10, Centro
Cristiano Otoni - Cep  36426-000