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Igrejas e Religiosidade

Padroeira de Cristiano Otoni

            A primeira Padroeira de Cristiano Otoni foi Nossa Senhora da Guia. Com a inauguração da Ferrovia, foi feita com recursos dos próprios moradores a igrejinha de Nossa Senhora da Guia ao lado da estrada que leva ao cruzeiro, hoje Rua Renato Rodrigues Pereira Sobrinho (mais conhecido como Renatinho). A CapeIa ficava onde hoje fica o estábulo de propriedade da D. Ilka (viúva do Sr. Jair Rezende). Já no final do século XIX e inicio do século XX, a mesma ficou em ruínas, e não havia recursos para restaurá-la. Então, o senhor Antônio José da Costa doou o terreno e construiu outra igreja, e escolheu como padroeiro, Santo Antonio. Nesta época a igreja era menor que atualmente, mas já recebia grande número de fiéis. Na década de 1940 foi iniciada a construção da atual Capela de Nossa Senhora da Guia, concluída em 1947. Abaixo seguem fotos da época de sua inauguração: 

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Da esquerda para a direita: Sátyro Marques dos Santos; Alberto Zille; Jaime Marques dos Santos

 

Histórico da Paróquia

               A Capela de Nossa Senhora da Guia (antiga) pertenceu à Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, de Conselheiro Lafaiete. Anos depois de já construída a Igreja de Santo Antonio, pelo início do Século XX, passou a pertencer à Paróquia de São Sebastião, de Conselheiro Lafaiete. Padre Sebastião Moreira atendeu aqui; alguns anos depois, o Padre Antonio Ferreira, até que entre 1942 e 1943 chegava aqui o Padre Benjamim Araújo, com residência em Cristiano Otoni, atendendo também Santana do Morro do Chapéu (atual Santana dos Montes). A Capela de Santo Antonio pertencia à Paróquia de Sant’Ana. Depois o Pároco passou a atender Glória (atual Caranaíba); então a Paróquia de Nossa Senhora da Glória passou a ser a sede da Capela de Santo Antonio.

                Em meados da década de 1960 foi criada a Paróquia de Santo Antonio. O Pároco era Padre Manoel Mendes. No princípio da década de 1970, ele deu lugar ao Monsenhor Raul Coutinho, que ficou até 1981, quando assumiu, por alguns meses, o Padre José Ferreira, até a vinda do Padre Humberto Van Aacken, em 1982. Após três anos, o Pároco passou a ser Padre Oscar de Oliveira, que ficou até 1989, quando assumiu o Padre José de Oliveira Valente. Em 1993 foi nomeado o Padre Jean, que ficou um ano, assumindo em seguida o Padre Henrique Batista, que ficou até o ano 2000, quando foi nomeado o Padre Marco Antonio Mappa. Em junho de 2011 tomou posse o Padre José Antonio de Oliveira.

Capela Santo Antonio

            Desde a construção da Igreja Santo Antonio, no século XIX para século XX, passaram por ela muitos sacerdotes, como Pe. José, entre os anos de 1915 a 1925. Outros depois passaram por aqui - Pe. Antonio Ferreira, depois Pe. Sebastião Moreira - até que em 1943 celebrou-se aqui as Missões, que tinha a frente o Pe. Missionário Francisco Ferreira, quando foi colocado lá no alto do morro o Cruzeiro, em 17 de março de 1943. Daí, ele sentia que era necessário um sacerdote para morar aqui em Cristiano Otoni, e neste mesmo ano chegava em nossa vila o Pe. Benjamim, depois em 1948 o Pe. Alvim, na década de 1950 o Pe. Santos, que logo propôs a construção da torre e aumento da Igreja. Depois passaram por aqui: 1964 - Pe. Mendes; 1971 - Pe. Raul; 1982 - Pe. Humberto; 1985 - Pe. Oscar; 1989 - Pe. Valente; 1993 - Pe. Jean; 1994 - Pe. Henrique; 2000 - Pe. Mappa; 2011 - Pe. José Antonio.

Fotos da Matriz de Santo Antonio:

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  1. Antes da construção da torre; 2. Durante reforma da torre; 3. Após conclusão da reforma.

Construção da Torre da Igreja

               No princípio da década de 1950, chegava em Cristiano Otoni um novo Padre: Pe. José dos Santos Gomes (Pe. Santos) que reuniu as lideranças da comunidade para logo dar início à construção de uma torre na Igreja Matriz; e pôs mãos à obra, arrecadando donativos dos fiéis.

               Quando começaram a ficar escassos os recursos, o Sr. Milotinho propôs rifar um automóvel, um “Lincoln” conversível, na época um carro de alta tecnologia: o motorista acionava um botão e a capota fechava ou abria.

               Foram vendidos bilhetes aqui em Cristiano Otoni e região, e também no Estado do Rio de Janeiro, através de um amigo e comerciante de gado de corte. Destacamos, na foto abaixo: o Sr. Raimundo (servente), o Sr. Milotinho, Pe. Santos, Sr. Expedito, Sr. Gê do Milotinho, Sr. Tião do Milotinho, e por fim o companheiro do Sr. Expedito, que ficou responsável pela venda de bilhetes no Estado do Rio de Janeiro, principalmente na região de Vassouras.

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Automóvel  Lincoln utilizado para angariar recursos para construção da torre da Matriz de Santo Antonio, e pessoas que colaboraram para esta realização. Passando o "mouse" sobre a foto, você visualizará somente o carro.

Morro do Cruzeiro

               Quando foi colocado o Cruzeiro, em 17 de março de 1943, o local em que se encontra até hoje se tornou um ponto de visita. Aos domingos iam fiéis para cumprir suas promessas, fazer suas preces e, principalmente no dia 03 de maio de cada ano, e dia de Santa Cruz, os fiéis levavam flores, velas e enfeitavam a cruz. Também em suas casas eram enfeitadas as cruzes e crucifixos. Quando se dava estiagem, passavam-se meses sem chuvas, o povo levava água e derramava ao pé da cruz, para fazer chover. Até pessoas de outras comunidades iam lá para cumprir suas promessas, e assim continuou por alguns anos.

Festa de São Cristóvão - 1973

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 Em 1973 era realizada a primeira Festa de São Cristóvão em Cristiano Otoni. Era Pároco o saudoso Monsenhor Raul Coutinho, ao qual fomos: eu, Wincler; o Sr. João de Castro Vieira; e o Sr. Sebastião José da Silva (Tatão), para realizarmos a festa. Naquela época, o Sr. João e Sr. Tatão viajavam para São Paulo toda semana; e, de Aparecida, trouxeram a imagem de São Cristóvão, protetor dos motoristas.

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Então, no primeiro domingo antes do dia 25 de julho – dia consagrado a São Cristóvão – com ajuda de algumas moças e donas de casa, ornamentaram o jipe do Sr. Alicio Albuquerque Assis, que era dirigido por seu filho, Marcos Baêta de Assis (Marquinhos). Atrás do jipe iam as bicicletas e depois os automóveis e caminhões, como podemos ver nas fotos, onde também vemos que ainda existiam os trilhos da ferrovia e algumas ruas sem calçamento.

Cruzeiro e Igreja São Pedro no Bairro Pinheiros

               No local onde está a Igreja de São Pedro existia um Cruzeiro de madeira. No dia de Santa Cruz, os devotos enfeitavam com flores (sempre-viva), e rezavam o Terço. Também cumpriam a promessa de levar baldes e latas d’água para derramar ao pé da cruz, quando ocorria a estiagem, ou “veranico”, como se dizia à época.

            Na década de 1940, os missionários ergueram outro Cruzeiro, no alto do morro que leva o mesmo nome, no Centro da cidade.

               O Sr. Oriel doou o terreno para construir a escola do Bairro Pinheiros, hoje Escola Municipal Monsenhor Raul Coutinho; depois doou outra parte para a construção de uma Capela de São Pedro. O Monsenhor Raul começou a construção da igreja, fazendo a base, e depois o Padre Humberto Van Aacken concluiu a obra, com recursos conseguidos aqui e na Alemanha, sua terra natal. Esta Igreja substituiu então o Cruzeiro que era colocado a alguns metros à esquerda de onde está a Igreja.

Colaborou para esta matéria: Oriel de Paula Vieira Filho

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Igreja São Pedro, no Bairro Pinheiros, em dia de Festa de Nossa Senhora Aparecida, com participação de Grupo de Congado da vizinha cidade de Caranaíba - MG -  foto do final da década de 1980.

 

Celebrações do Mês de Maio

               No mês de maio era celebrada a reza todos os dias, com coroação a Nossa Senhora, à noite, na Igreja Matriz. Antes das coroações, eram ofertadas palmas a Nossa Senhora; e, terminando o mês de maio, iniciava-se a Trezena de Santo Antonio.

               Todos os dias havia leilão após as rezas do mês de maio; as prendas eram ofertadas pelos devotos, e eram dos mais variados tipos: galinhas, ovos, leitões, pencas de laranjas, cana, pernis e frangos assados, etc.

               A banda de música tocava todos os dias, em procissões que saiam das casas das pessoas que a Santa ia visitar; depois das rezas saía em procissão para a casa da próxima família que recebia a imagem de Nossa Senhora até o dia seguinte, para sair novamente em procissão, com banda de música e muitas meninas vestidas de anjos.

               No fim do mês era promovida a festa de encerramento do mês de maio, e com o início da festa do Padroeiro, saiam pelas ruas em procissão as imagens de Nossa Senhora e Santo Antonio.

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